Existem várias formas de tratamento para a Disfunção Erétil, começando pelo uso de pílulas para a ereção. Embora sejam efetivas para a grande maioria dos pacientes, em certos casos as pílulas não produzem o resultado esperado ou não podem ser usadas. É o que acontece com homens que apresentam patologia cardiovascular ou utilizam medicamentos à base de nitratos.

Outras formas de tratamento para a Disfunção Erétil são as injeções penianas, os aparelhos de vácuo e supositórios para serem colocados na uretra. São opções válidas, mas nem sempre produzem resultados ou, muitas vezes, os pacientes não se adaptam a elas. Nestes casos, estes pacientes podem vivenciar sua sexualidade de modo alternativo, sem experimentar uma ereção totalmente rígida, ou simplesmente abandonar a vida sexual.

Para aqueles que mantêm um interesse por uma atividade sexual completa, incluindo a introdução peniana, o tratamento com as próteses penianas passa a ser uma excelente alternativa.

O QUE É UMA PRÓTESE PENIANA?

A prótese peniana é um dispositivo à base de silicone que é colocado no interior dos corpos cavernosos, ficando totalmente incluso, sem qualquer elemento à mostra. Foram desenhados para proporcionar uma rigidez suficiente para permitir uma penetração peniana completando o ato sexual. Atualmente esistem dois tipos principais de implantes penianos, os maleáveis (ou semi-rígidos) e os infláveis.

AS CIRURGIAS PARA O IMPLANTE DAS PRÓTESES SÃO SEGURAS?

Sim. Hoje estas cirurgias são realizadas com um grau de segurança bastante elevado. As próteses mais modernas apresentam um revestimento com antibióticos, o que reduz a ocorrência de infecção para menos de 1% dos casos. Utiliza-se na maioria das vezes uma pequena incisão no ângulo formado entre o pênis e a bolsa escrotal, com anestesia peridural ou raquidiana. Exigem normalmente um dia de internação.

AS PRÓTESES FICAM APARENTES EM SITUAÇÕES SOCIAIS ?

As próteses penianas são totalmente embutidas nos corpos cavernosos, sem qualquer parte visível externamente. As próteses infláveis apresentam uma aparência bastante natural, tanto na flacidez como no estado de rigidez. Os modelos maleáveis ou semi-rígidos não apresentam uma completa naturalidade já que o pênis se apresenta parcialmente ereto. Apesar deste fato, alguns modelos apresentam uma angulação bastante satisfatória.

AS PRÓTESES AUMENTAM O DESEJO SEXUAL OU A EJACULAÇÃO?

Não, as próteses penianas apenas produzem uma rigidez que permita uma atividade sexual completa. No entanto, o fato de poder novamente ter uma penetração e uma atividade sexual completa muitas vezes proporciona ao paciente uma rápida recuperação do desejo sexual.

AS PRÓTESES PENIANAS AUMENTAM O TAMANHO DO PÊNIS?

Os implantes penianos não foram desenvolvidos para fazer o pênis maior ou mais largo, mas apenas para restaurar a rigidez peniana adequada para a atividade sexual. Na verdade, muitas vezes o pênis pode ter uma aparência menor após a cirurgia. Normalmente isto se deve ao fato de que a prótese não se expande e, portanto, não amplia a glande (cabeça do pênis). No entanto, a reconquista de uma ereção bastante semelhante à fisiológica e a satisfação com o retorno à vida sexual é tão grande que, na maioria das vezes, esta sensação de perda do tamanho do pênis passa a ser irrelevante.

PODEREI TER EREÇÕES NATURAIS NO CASO DE RETIRAR UM IMPLANTE PENIANO?

Não. A cirurgia para colocar uma prótese peniana modifica a anatomia do pênis. Se for retirada, o indivíduo não conseguirá mais ereções naturais. Em vista disso, esta forma de tratamento deve ser escolhida para aqueles homens que já não conseguem ereções por qualquer outro método.

COMO POSSO DECIDIR SE A PRÓTESE PENIANA ESTÁ INDICADA NO MEU CASO?

Esta decisão merece uma cuidadosa reflexão. É preciso entender os riscos inerentes à cirurgia e ter expectativas realistas do que a prótese peniana pode oferecer. Pacientes que possuem uma (um) parceira(o) fixa(o) devem procurar discutir esta decisão em conjunto. Grande número de casais ganham uma satisfação renovada em sua parceria sexual, frequentemente chegando à conclusão de que já deveriam ter tomado esta decisão anteriormente. Quando possível, ouvir pessoas que já fizeram esta cirurgia pode ajudar a obter uma expectativa mais real do que esperar da cirurgia e afastar possíveis medos que ainda persistam.

QUEM DEVO PROCURAR PARA TER UMA PRÓTESE PENIANA?

O critério mais importante é escolher um cirurgião que seja experiente. Embora seja uma cirurgia pouco invasiva, um cirurgião especializado em cirurgias com uso de próteses é uma melhor escolha do que um cirurgião que a pratica ocasionalmente.

A coluna “Qual é o seu problema?”, publicada na seção de Saúde do site do jornal O Globo, é feita com base em pesquisas regulares feitas junto aos internautas. Na semana passada, o tema mais votado pelos internautas foi disfunção erétil. Em função disso, fui procurado pelo jornalista Antônio Marinho para responder algumas perguntas sobre o tema.

O jornalista me perguntou quando se deve tomar os comprimidos orais para tratar dificuldades de ereção. Respondi que os medicamentos são indicados especialmente quando não há causa psicológica. As contra-indicações são poucas, mas cardiopatas devem ter tomar as pílulas com acompanhamento do cardiologista devido à interação medicamentosa com os nitratos e drogas empregados no tratamento da doença coronariana.

Quando os comprimidos perdem sua eficácia, há duas alternativas. A primeira delas é a injeção peniana de substâncias como a prostaglandina. Alguns homens, no entanto,  não respondem a esse tipo de tratamento. Nesses casos, a melhor opção é a cirurgia de implante de prótese peniana.

O Globo me perguntou também se há saída para os homens que ficam impotentes após serem operados de câncer de próstata. Eu disse que a melhoria da técnica cirúrgica já nos permite manter a capacidade erétil depois de realizada a cirurgia na próstata. Nos casos em que se verificam problemas, os comprimidos podem apresentar um resultado bastante satisfatório, sendo uma boa alternativa para homens com menos de 55 anos. Aqueles que têm idade superior apresentam um menor percentual de resposta aos comprimidos e podem se valer das injeções penianas ou das próteses.

Leia a entrevista na íntegra no site do Globo.

A Síndrome de Deficiência de Testosterona no homem adulto se inicia em torno dos 45 anos. A partir de então, estima-se que o homem reduz sua capacidade de produzir testosterona em cerca de 10% a cada década. Os sintomas mais observados são a redução do libido, comprometimento da qualidade das ereções, redução da atividade intelectual, fadiga, estado depressivo, perda de massa muscular, osteoporose e aumento da gordura corporal.

Recentemente, a Boston University School of Medicine em Massachusetts (EUA) criou uma força-tarefa, composta de médicos da American Endocrine Society e profissionais de  estatistica e metodologia, para atualizar os parâmetros que guiam o diagnóstico e tratamento da  reposição de testosterona.

O grupo entende que a Sindrome de Deficiência de Testosterona só deve ser diagnosticada em pacientes que apresentem sintomas e sinais da doença, além de comprovada diminuição dos níveis de testosterona dosados no sangue no período do meio da manhã.

Muitas vezes estas dosagens estão no ponto mais baixo do considerado como normal. Nestas situações, o médico deve solicitar uma repetição da dosagem de testosterona e avaliar também a medida de Testosterona Livre Calculada  (não serve simplesmente a dosagem da Testosterona Livre), que requer medições de uma proteina chamada SHBG (Sexual Hormone Binding Globulin) ou da Testosterona Biodisponível.

OBJETIVOS

A reposição de testosterona deve ter como objetivo manter a função sexual e melhorar a sensação geral de bem-estar,  a massa muscular e força física e a densidade óssea.

As contraindicações absolutas para a reposição de testosterona são a presença de Câncer da Próstata e de Câncer de Mama do Homem.

Como a redução da  testosterona se inicia na fase em que o homem passa a ter um aumento da Prostata, é essencial que haja um rigoroso controle desta glândula pelo urologista. Cuidados devem ser tomados no caso de haver alguma alteração observada no toque retal nos pacientes que tenham uma dosagem de PSA no sangue maior do que 3 ng/ml.  Homens com maior risco de desenvolver um câncer da próstata – porque trazem consigo uma provável carga genética pela existência de parentes em primeiro grau que tiveram a doença - devem fazer controle mais frequente da próstata durante a terapia de reposição hormonal.

Controle rigoroso também deve ser direcionado para aqueles pacientes que apresentam uma maior contagem de glóbulos vermelhos (hematócrito maior do que 50%), apnéia de sono, dificuldades para urinar por um aumento benigno da próstata, ou insuficiência cardiaca congestiva.

Os homens que recebem tratamento de reposição com testosterona devem manter um controle médico regular. Dessa forma irão colher seus beneficios com toda segurança.

O elevado grau de aceitação da prótese peniana para o tratamento da Disfunção Erétil foi confirmado por mais uma pesquisa. Recentemente, o Departamento de Urologia da University of Maryland School of Medicine, Baltimore, nos EUA divulgou o resultado de um levantamento cujo objetivo era avaliar a eficiência da cirurgia de prótese peniana tomando como base o nível de expertise dos cirurgiões.

Foram enviados questionários a 1968 cirurgiões de vários estados americanos. Concluída a coleta dos dados, o Departamento de Urologia de Maryland constatou que a experiência do cirurgião pode influenciar diretamente no período pós-operatório e no resultado final da cirurgia de prótese peniana.

O nível dos profissionais foi considerado bom quando realizavam mais de 20 cirurgias ao ano. Além do volume cirúrgico, levou-se em conta também o tipo de incisão para o implante da prótese, a estratégia adotada quando se faz necessária uma cirurgia de revisão, e a conduta nos casos em que há suspeita de infecção.

Os cirurgiões mais qualificados têm facilidade com mais de um tipo de incisão cirúrgica e maior habilidade em lidar com as complicações que eventualmente podem ocorrer, particularmente nos casos de infecção (bastante raros).

É comum ouvir de meus pacientes, manifestações de desconforto e mal estar quando me procuram para resolver problemas de ereção e indico tratamento com comprimidos orais, como Viagra, Levitra ou Cialis. Mais comum é o questionamento de cada um, que soma maioria, sobre a prescrição: “Mas, doutor, é preciso realmente usar estes remédios? Não existe outro tratamento?

A conclusão que chego sobre a situação é que para o paciente o uso do comprimido acompanha um sentimento de fraqueza e vergonha, o que diverge de alguma forma da sua visão sobre masculinidade. A sociedade é machista. Ora, veja, a ideia que se tem a respeito do uso dessas drogras ameaça, inclusive, a evolução do tratamento porque estabelece ligação direta com um preconceito sobre a própria virilidade em cheque, neste caso. Estamos no século XXI e a ciência avança, por isso, não podemos preservar conceitos estabelecidos ainda em tempos passados, não é verdade?

Outro ponto importante em destaque interfere diretamente na vida a dois . Usar o medicamento não significa ter mais ou menos interesse pelo parceiro. Existe sim um problema de ereção que precisa do auxílio da droga para ser resolvido. Portanto, as pílulas para ajudar a ereção não interferem no interesse – ou não – do paciente. É importante entender a questão para desmistificar uma sensação de artificialidade no relacionamento como este.

Fato curioso é que apesar de mais sensíveis, as mulheres, de um modo geral, parecem conviver melhor com o uso da “pílula do homem”, do que o próprio homem. A maioria delas não se incomoda com o uso da droga por seus companheiros. Tenho um palpite sobre o quadro, uma vez que as mulheres passaram pela revolução sexual há muito mais tempo que os homens, desde a apresentação e incentivo do uso da pílula anticoncepcional. A perda do medo da gravidez inesperada trouxe uma postura sexual mais ativa para a mulher e, curiosamente, uma retração masculina com o temor da falha da ereção.

Penso em quanto sofrimento devem ter passado nossos pais e avôs sem a possibilidade de um tratamento altamente eficaz como o que dispomos hoje em dia para o problema da Disfunção Erétil. Por isso mesmo, acredito que os homens deste século de transformações e progresso devem substituir sem pestanejar a preocupação com uso de comprimidos por vivenciar intensamente esta era da modernidade, onde podem acompanhar in loco a revolução sexual masculina, desfrutando junto com suas mulheres de toda sua sexualidade e segurança. Salve o comprimido oral!

Este artigo foi elaborado pelas Dras. Luciana Carvalho e Regina Solano e pelo Dr. José Carlos Carpilovsky, psicanalistas do Centro de Psicoterapia de Grupo (CPG) 
www.terapiagrupo.com.br

Sabe-se que a diminuição da testosterona, hormônio masculino responsável pelo desejo sexual, é o principal fator físico para a falta ou subtração do mesmo. Mas existem fatores psicológicos, tão poderosos quanto a redução da testosterona, capazes de diminuir o desejo ou fazê-lo desaparecer totalmente. Eles aparecem como manifestação da vida psíquica, da forma como ela se organiza e se relaciona com as experiências do cotidiano.

As experiências vividas no dia-a-dia provocam inúmeros sentimentos. Os que estão mais fortemente ligados à falta de desejo são: tristeza, desânimo, ansiedade, medo, tédio, raiva e culpa.

A depressão está intimamente ligada a situações traumáticas, sejam causadas por perdas ou forte pressão emocional, ou ainda por baques intensos. Podem afetar o desejo sexual ou fazê-lo desaparecer. Em sua grande maioria, os homens não foram preparados para entender e valorizar os aspectos afetivos e emocionais que afetam suas vidas. Eles pensam que sua vida sexual não será afetada nos momentos em que se encontram tristes ou desanimados por estarem se separando da parceira, pela perda do emprego ou de uma pessoa querida, ou por outra circunstância qualquer que envolva tristeza.

Nestes períodos estão vivenciando o que se pode chamar de luto, que é um processo natural da vida, um momento de recolhimento necessário para lidar com as perdas sofridas. O luto pode passar com o tempo e esse tempo deve ser respeitado. Vale a pena destacar, porém, que existem situações de luto onde um forte sentimento de culpa em relação à pessoa que se perdeu está presente. Esse luto não desaparece naturalmente, e a ajuda da psicoterapia pode ser necessária a fim de analisar o sentimento de culpa presente.

A ansiedade é outro fator que altera o desejo. Conta com a ajuda de uma substância poderosa para fazê-lo, a adrenalina. É natural que certa ansiedade se apresente na primeira relação sexual com uma nova parceira em função da falta de conhecimento sobre o corpo do outro, sobre as suas preferências, pela falta de intimidade. A ansiedade excessiva que impede que o desejo flua está, principalmente, ligada a idéia de não se poder falhar.

Pais muito exigentes e rigorosos fazem com que os filhos cresçam encarando as falhas não como parte da vida, não como algo com que se pode aprender para melhorar, mas como algo imperdoável. Esta situação, muitas vezes, coloca o homem num círculo vicioso: cada relação que vive passa a ser uma prova de verificação de sua masculinidade e, devido a esta alta exigência, as falhas tendem a se repetir cada vez mais. Muitos começam a usar remédios para manter a ereção, mas logo se sentem infelizes, pois o sentimento é que nasceram com um defeito de fabricação.

A falta de desejo pode se apresentar também como consequência de uma relação desgastada por ressentimentos, mágoas e raiva. Neste caso, a princípio, a falta de desejo ocorreria somente com aquela determinada parceira, mas pode se alastrar e contaminar outras relações se o homem não perceber que é somente com aquela mulher, em função das dificuldades vividas, que o desejo está oculto.

Outra queixa comum, relacionada ao desejo sexual, é a de homens que relatam que sempre tiveram pouco desejo, ou nenhum, desde quando podem se lembrar, o desejo sempre foi fraco, dizem eles. Nestas situações, uma forte inibição do desejo, relacionada a fantasias inconscientes, está presente. Em casos como estes, a psicoterapia é fundamental para ajudar o paciente a ter acesso a tais fantasias inconscientes inibidoras, que na maioria dos casos estão relacionadas com: uma educação repressora, fazendo com que a pessoa se sinta culpada em relação aos seus desejos; as fantasias agressivas ligadas ao desejo sexual, medo de ferir ou ser ferido; as proibições religiosas.

As alterações físicas (orgânicas) são mais comuns em idosos. Nos jovens a diminuição do desejo e a disfunção erétil costumam ser predominantemente de origem psicológica. E, quando são assim diagnosticadas, a Psicoterapia Analítica de Grupo é uma ótima opção, pois coloca o sujeito em contato com outros homens com o mesmo problema, humanizando a dificuldade, diminuindo a vergonha e o sentimento de solidão. O grupo cria condições propícias, com ajuda do psicanalista, para o reaprender, o começar de novo num processo de autoconhecimento onde os sentimentos, a sexualidade e o próprio corpo são reencontrados, a partir de um novo ponto de vista.

E por falar em drogas para ereção, um artigo do Departamento de Urologia da Universidade Frederico II de Nápoles (Nápoles-Itália) fala sobre uma nova esperança para o tratamento da disfunção erétil, que pode amenizar os entraves psicológicos inicialmente gerados na primeira prescrição, como vimos no post anterior. Nada de novos medicamentos, o que muda apenas é a frequência de utilização e a dosagem das pílulas do amor, das quais entre as mais conhecidas estão o Viagra, Ciális e Levitra.
A proposta é usar drogas para ereção de forma contínua e não apenas momentos antes da relação sexual. O que acontece hoje é que o homem com problemas de ereção recebe indicação sob demanda para uso desses medicamentos, ou seja, exatamente – e apenas – antes da atividade sexual. Tal administração alivia e resolve temporariamente o sintoma da disfunção erétil, com resposta satisfatória de cerca de 80% dos pacientes em tratamento. Outros 20% dos indivíduos não se beneficiam deste tratamento em razão de problemas físicos mais graves, psicológicos, ou da associação de ambos.
O Laboratório Lilly colocou no mercado comprimidos de Tadalafila (Ciális) com 2,5 e 5 mg para uso de uma forma continuada, diariamente e independente do paciente ter uma atividade sexual.  A ideia se aproxima da “cura” da disfunção erétil, porque age diretamente nos fatores psicológicos, amenizando a ansiedade com a relação sexual planejada e, também, nos fatores orgânicos, melhorando a disfunção endotelial, se bem que mais estudos são necessários para comprovar esta hipótese. 
Além disso, estudos clínicos mostram que o uso crônico é seguro e efetivo, sendo uma alternativa para as doses utilizadas “sob demanda” (que sugere a atividade sexual com hora marcada), quando estas não apresentam o resultado esperado. A melhor parte é que os comprimidos para uso diário já tem aprovação do FDA americano e do mercado europeu.  O laboratorio Lilly informa que este novo produto   chegará ao mercado brasileiro até o fim do deste ano.

Referencia: BJU Int. 2010 Jun;105(12):1634-9.

 Department of Urology, University Federico II of Naples, Naples, Italy.

Um artigo publicado pela Divisão de Endocrinologia, Diabetes e Doenças Osseas do Mount Sinai School of Medicine, de Nova York, Estados Unidos, indicou que pacientes que sofrem de Diabetes Mellitus (DM) e/ou Obesidade têm maiores chances de desenvolver o quadro de Disfunção Erétil (DE) – antigamente conhecida como Impotência Sexual – devido aos efeitos destes transtornos sobre a circulação peniana e pela interferência com os hormônios sexuais masculinos.


A Obesidade está entre os grandes responsáveis pelo aumento da incidência e prevalência do Diabetes. E estes são dois fatores de risco para o aparecimento da Disfunção Erétil. Segundo pesquisas em vários centros por todo o mundo, a Disfunção Erétil é um marcador de futuros problemas cardiovasculares.


Homens obesos podem ter ainda níveis reduzidos de Testosterona, o que representa uma maior probabilidade de sofrer de Disfunção Erétil, doença Cardiovascular, Hipertensão Arterial e controle glicêmico inadequado.


Estudos mostram que entre 35 e 70% dos pacientes diabéticos também convivem com algum grau de Disfunção Erétil. A explicação para tamanha co-relação é que quando não é feito o controle correto do diabetes, pode-se iniciar um processo de aterosclerose das artérias penianas, assim como, a disfunção da camada mais íntima destes vasos, levando ao mal funcionamento do mecanismo de ereção.


Vale lembrar que hábitos como fumar, usar drogas e certos medicamentos, aliados a uma vida estressada, problemas emocionais e dificuldades pessoais ou de relacionamento também podem ser fatores agravantes para desencadear um quadro de Disfunção Erétil.


A melhor forma de prevenção é eliminar ou controlar os fatores de risco (tabagismo, alcoolismo, obesidade, controle da testosterona, e do Diabetes). Mas se o problema já existe, a perda de peso aliada a uma dieta balanceada, prática de exercícios e terapia hormonal com testosterona podem evitar que tais males interfiram não apenas na qualidade de vida do paciente, como, também, prolongando seu próprio ciclo de vida.


Referência
Gend Med. 2009;6 Suppl 1:4-16.

Já é senso comum na medicina moderna que a atividade fisica regular é fator fundamental na prevenção de doenças do corpo e de combate à depressão.


E o que pode ser dito sobre o papel do exercício fisico em relação à saude da vida sexual?


Será publicado em breve no Journal of Sexual Medicine um artigo sobre estudo realizado no departamento de Andrologia do Institudo Policlinico Abano Terme, em Padova, na Itália, para avaliar se o exercício fisico pode ter um papel efetivo no tratamento pacientes com Disfunção Erétil.


Este estudo selecionou 60 pacientes portadores de problemas sexuais envolvendo a dificuldade com a ereção. Foram divididos em dois grupos, sendo que o grupo “A” foi orientado a usar comprimidos orais (Viagra, Cialis, Levitra) para a ereção e a praticar atividade fisica aeróbica, com uma média de 3h a 4h por semana, perfazendo um gasto semanal de 1868kcal. No outro grupo “B”, chamado de grupo controle, os pacientes fizeram uso apenas dos comprimidos para disfunção erétil.


Após 3 meses, os pacientes foram submetidos a questionários que avaliaram os sequintes parâmetros: qualidade de ereção, qualidade do orgasmo, satisfação com a atividade sexual, qualidade do desejo sexual, confiança para a vida sexual e a satisfação global com o tratamento. Estes testes foram comparados com os resultados obtidos antes dos pacientes iniciarem o tratamento.


Houve uma melhora significativa em todos estes parâmetros, exceto com a qualidade do orgasmo no grupo A (submetidos a atividade física regular e com uso de comprimidos) quando comparados com os resultados obtidos no grupo B (apenas com uso de comprimidos). Em ambos os grupos, foi feita a dosagem da Testosterona, que foi normal e não sofreu alteração significativa.


Apesar de não se aprofundar nas causas da Disfunção Erétil destes pacientes, os resultados da pesquisa confirmam que a prática de exercícios físicos é essencial para a saúde sexual do homem, ajudando inclusive a recuperar a qualidade da ereção e a satisfação com a vida sexual.


Este estudo estimula àqueles que hoje já fazem uso de uma droga oral para ereção a se exercitar com afinco para que possam obter resultados ainda melhores com sua saúde sexual. Outros importantes ganhos com esta prática são o combate ao estresse, as doenças coronarianas, ao diabetes, e problemas com taxas de colesterol e hipertensão arterial.


Logo, é muito fácil ingerir um comprimido para obter uma melhor ereção. Porém, muito melhor é cuidar da sua saúde de verdade e como um todo, obtendo ganhos infinitamente superiores.


Referência - J Sex Med. 2010 Mar 30.

Journal of Sexual Medicine, a mais importante revista médica no campo da medicina sexual, publicou recentemente o resultado de uma investigação realizada pelo Dr. Bettocchi e colaboradores no Serviço de Urologia da Universidade de Bari, Italia, sobre a satisfação de pacientes e suas companheiras após cirurgia de implante da prótese inflável 700 Cx, fabricada pela AMS (American Medical Systems).

O estudo foi realizado entre março de 2004 e maio de 2008 com 80 pacientes que foram operados naquele mesmo centro médico e pelo mesmo cirurgião. Todos os pacientes foram acompanhados, sendo registrados as complicações ocorridas e as suas impressões com o uso da prótese peniana.

Destes 80 pacientes, 97% estão mantendo atividade sexual regular.  Sessenta e nove por centro dos pacientes e 90% das parceiras afirmaram que nunca tiveram qualquer problema com o uso da prótese, considerando muito boa sua vida sexual com estes dispositivos.

Em uma escala de 0 a 10, 79% dos pacientes e 82% das parceiras deram uma nota 7 ou maior para seu grau de satisfação com a nova vida sexual. Noventa e sete por cento dos pacientes admitiram que, se perguntados, recomendariam o tratamento para outras pessoas interessadas.

Os médicos participantes desta pesquisa concluem que o implante de prótese peniana é uma alternativa capaz de modificar o prognóstico e o curso da Disfunção Erétil.  Esta conclusão é embasada pelas altas taxas de satisfação obtidas pelos pacientes e suas parceiras nesta série de 80 casos.

 

A Medicina já definiu claramente que o aparecimento da Disfunção Erétil pode ser um indício de um futuro quadro de isquemia das artérias coronarianas (do coração), ou mesmo de um infarto do miocárdio.

Recentemente, o prof. Hall e seus colaboradores fizeram uma revisão de um importante estudo realizado em Boston, no período de 1987 a 1989, conhecido como “Massachusetts Male Aging Study”. A conclusão dos trabalhos foi publicada  na conceituada revista “The American Journal of Cardiology”, em janeiro de 2010.

Neste estudo, Hail procurou identificar se outros aspectos da sexualidade poderiam também contribuir para o desenvolvimento futuro de uma doença coronariana.

Conseguiram avalliar 1165 homens, que, no início do estudo, não apresentavam qualquer sinal de cardiopatias. Esses indivíduos foram dividos em dois grupos: um com Disfunção Erétil moderada ou completa  e o outro sem Disfunção ou apenas com Disfunção leve.

Após cálculos estatísticos que levaram em consideração fatores como idade, tempo de seguimento, aspectos hereditários, entre outros, chegou-se à conclusão que a incidência de eventos de doença cardíaca foi de 17,9 casos para cada 1000 pessoas portadoras de Disfunção Erétil moderada/completa por ano.

Já no segundo grupo sem Disfunção/Disfunção leve,  a incidência foi significativamente menor, na ordem de 12,5 casos para cada 1000 pessoas/ano. 

Estes dados confirmam estudos anteriores de que a Disfunção Erétil pode ser considerada como um marcador de possivel cardiopatia futura.

Além disso, traz uma nova informação. A de que homens que mantém uma atividade sexual com frequência de 2 vezes na semana apresentam um risco 1,45 vezes menor de  sofrer um infarto do miocárdio quando comparados com homens que apresentam uma frequência sexual de 1 vez no mês. independentemente de serem portadores ou não de Disfunção Erétil.

Estes resultados, concluem os autores, sugerem que a baixa frequência de atividade sexual pode  aumentar a ocorrência de problemas cardiovasculares no futuro.

 Fonte: S. Hall, R. Shackleton, et al. "Sexual Activity, Erectile Dysfunction, and Incident Cardiovascular Events," The American Journal of Cardiology, Volume 105, Issue 2, Pages 192-197 (15 January 2010)