A Síndrome de Deficiência de Testosterona no homem adulto se inicia em torno dos 45 anos. A partir de então, estima-se que o homem reduz sua capacidade de produzir testosterona em cerca de 10% a cada década. Os sintomas mais observados são a redução do libido, comprometimento da qualidade das ereções, redução da atividade intelectual, fadiga, estado depressivo, perda de massa muscular, osteoporose e aumento da gordura corporal.

Recentemente, a Boston University School of Medicine em Massachusetts (EUA) criou uma força-tarefa, composta de médicos da American Endocrine Society e profissionais de  estatistica e metodologia, para atualizar os parâmetros que guiam o diagnóstico e tratamento da  reposição de testosterona.

O grupo entende que a Sindrome de Deficiência de Testosterona só deve ser diagnosticada em pacientes que apresentem sintomas e sinais da doença, além de comprovada diminuição dos níveis de testosterona dosados no sangue no período do meio da manhã.

Muitas vezes estas dosagens estão no ponto mais baixo do considerado como normal. Nestas situações, o médico deve solicitar uma repetição da dosagem de testosterona e avaliar também a medida de Testosterona Livre Calculada  (não serve simplesmente a dosagem da Testosterona Livre), que requer medições de uma proteina chamada SHBG (Sexual Hormone Binding Globulin) ou da Testosterona Biodisponível.

OBJETIVOS

A reposição de testosterona deve ter como objetivo manter a função sexual e melhorar a sensação geral de bem-estar,  a massa muscular e força física e a densidade óssea.

As contraindicações absolutas para a reposição de testosterona são a presença de Câncer da Próstata e de Câncer de Mama do Homem.

Como a redução da  testosterona se inicia na fase em que o homem passa a ter um aumento da Prostata, é essencial que haja um rigoroso controle desta glândula pelo urologista. Cuidados devem ser tomados no caso de haver alguma alteração observada no toque retal nos pacientes que tenham uma dosagem de PSA no sangue maior do que 3 ng/ml.  Homens com maior risco de desenvolver um câncer da próstata – porque trazem consigo uma provável carga genética pela existência de parentes em primeiro grau que tiveram a doença - devem fazer controle mais frequente da próstata durante a terapia de reposição hormonal.

Controle rigoroso também deve ser direcionado para aqueles pacientes que apresentam uma maior contagem de glóbulos vermelhos (hematócrito maior do que 50%), apnéia de sono, dificuldades para urinar por um aumento benigno da próstata, ou insuficiência cardiaca congestiva.

Os homens que recebem tratamento de reposição com testosterona devem manter um controle médico regular. Dessa forma irão colher seus beneficios com toda segurança.