O elevado grau de aceitação da prótese peniana para o tratamento da Disfunção Erétil foi confirmado por mais uma pesquisa. Recentemente, o Departamento de Urologia da University of Maryland School of Medicine, Baltimore, nos EUA divulgou o resultado de um levantamento cujo objetivo era avaliar a eficiência da cirurgia de prótese peniana tomando como base o nível de expertise dos cirurgiões.

Foram enviados questionários a 1968 cirurgiões de vários estados americanos. Concluída a coleta dos dados, o Departamento de Urologia de Maryland constatou que a experiência do cirurgião pode influenciar diretamente no período pós-operatório e no resultado final da cirurgia de prótese peniana.

O nível dos profissionais foi considerado bom quando realizavam mais de 20 cirurgias ao ano. Além do volume cirúrgico, levou-se em conta também o tipo de incisão para o implante da prótese, a estratégia adotada quando se faz necessária uma cirurgia de revisão, e a conduta nos casos em que há suspeita de infecção.

Os cirurgiões mais qualificados têm facilidade com mais de um tipo de incisão cirúrgica e maior habilidade em lidar com as complicações que eventualmente podem ocorrer, particularmente nos casos de infecção (bastante raros).

É comum ouvir de meus pacientes, manifestações de desconforto e mal estar quando me procuram para resolver problemas de ereção e indico tratamento com comprimidos orais, como Viagra, Levitra ou Cialis. Mais comum é o questionamento de cada um, que soma maioria, sobre a prescrição: “Mas, doutor, é preciso realmente usar estes remédios? Não existe outro tratamento?

A conclusão que chego sobre a situação é que para o paciente o uso do comprimido acompanha um sentimento de fraqueza e vergonha, o que diverge de alguma forma da sua visão sobre masculinidade. A sociedade é machista. Ora, veja, a ideia que se tem a respeito do uso dessas drogras ameaça, inclusive, a evolução do tratamento porque estabelece ligação direta com um preconceito sobre a própria virilidade em cheque, neste caso. Estamos no século XXI e a ciência avança, por isso, não podemos preservar conceitos estabelecidos ainda em tempos passados, não é verdade?

Outro ponto importante em destaque interfere diretamente na vida a dois . Usar o medicamento não significa ter mais ou menos interesse pelo parceiro. Existe sim um problema de ereção que precisa do auxílio da droga para ser resolvido. Portanto, as pílulas para ajudar a ereção não interferem no interesse – ou não – do paciente. É importante entender a questão para desmistificar uma sensação de artificialidade no relacionamento como este.

Fato curioso é que apesar de mais sensíveis, as mulheres, de um modo geral, parecem conviver melhor com o uso da “pílula do homem”, do que o próprio homem. A maioria delas não se incomoda com o uso da droga por seus companheiros. Tenho um palpite sobre o quadro, uma vez que as mulheres passaram pela revolução sexual há muito mais tempo que os homens, desde a apresentação e incentivo do uso da pílula anticoncepcional. A perda do medo da gravidez inesperada trouxe uma postura sexual mais ativa para a mulher e, curiosamente, uma retração masculina com o temor da falha da ereção.

Penso em quanto sofrimento devem ter passado nossos pais e avôs sem a possibilidade de um tratamento altamente eficaz como o que dispomos hoje em dia para o problema da Disfunção Erétil. Por isso mesmo, acredito que os homens deste século de transformações e progresso devem substituir sem pestanejar a preocupação com uso de comprimidos por vivenciar intensamente esta era da modernidade, onde podem acompanhar in loco a revolução sexual masculina, desfrutando junto com suas mulheres de toda sua sexualidade e segurança. Salve o comprimido oral!